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Foto: Agência Brasília |
Da Redação do MCJB – 05/08/2015
O Governador Rolemberg assina o Decreto 36.619, publicado em 22 de julho, institui a nova política de segurança pública do DF, chamada Pacto pela Vida, e fatia o Jardim Botânico em três partes.
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Decreto 36.619 pretende oficializar o conjunto de estratégias e ações do governo voltados à segurança pública e à paz social, potencializando os mesmos recursos que existem para atender a sempre crescente população do Distrito Federal. Para o Jardim Botânico, entretanto, o decreto oficializa a divisão da região em 3 partes, submetendo-as às jurisdições de São Sebastião, Paranoá e Santa Maria.
Na origem da questão está a ausência de batalhão da polícia militar, delegacia da polícia civil e corpo de bombeiros. O Lago Sul tem 39 mil habitantes e dispõe do aparato completo. Com cerca de 100 mil habitantes, a situação do Jardim Botânico é outra. Para ter segurança pública dependerá da ajuda dos bairros vizinhos.
A divisão feita pelo governo chegou a partir ao meio o condomínio Solar de Brasília, o que na prática significa que, se ocorrer um crime no conjunto 16 da quadra 03, o morador terá de chamar a polícia de São Sebastião; caso ocorra na quadra 18, é preciso pedir socorro ao Paranoá.
Há um desdobramento perverso na questão, agravado pelo problema de endereçamento. Os crimes ocorridos no Jardim Botânico engrossam as estatísticas do local do registro, criando para o Jardim Botânico uma mancha criminal falsamente baixa. O resultado é um bairro com aspecto de paraíso da paz social, o que dá suporte às justificativas governamentais de manter o bairro sem delegacias ou batalhão.
A comunidade denuncia esse paradoxo continuamente, mas nada muda. As autoridades se baseiam nos índices da mancha criminal. E os 25 furtos que ocorreram em um único condomínio em menos de 6 meses constituem um factóide. Eles nunca existiram nas estatísticas do Jardim Botânico.
Os moradores reclamam que a comunidade não foi ouvida. Ironicamente, é possível ver, na publicidade sobre o Pacto pela Vida veiculado na TV, um chamamento para a participação comunitária.
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