Expansão desordenada e trânsito colapsado são problemas para a região do Jardim Botânico e Jardins Mangueiral. Um Grupo de Trabalho poderá ser formado entre a comunidade, Administração Regional e Detran para a execução dos estudos técnicos que minimize o problema de mobilidade na região.
Nesta segunda-feira (25/11) a Administração Regional do Jardim Botânico reuniu síndicos, moradores da região e líderes comunitários. Estiveram presentes ao encontro Rose Marques, presidente do MCJB, Eleandra Martins, presidente da AAJM, Maria Alice Mota, diretora de Obras e Manutenção do Condomínio Solar de Brasília, além dos diretores do Detran, para a apresentação do problemas relacionados ao trânsito na vias de circulação da região, tais como a Estrada do Sol, Jardins Mangueiral e DF-001. Foram discutidas possíveis soluções a serem trabalhadas em conjunto com a comunidade.
O Diretor Geral Adjunto do Detran, Valmir Lemos, e o Diretor de Engenharia de Trânsito, Pedro Paulo Barbosa, se prontificaram a analisar a situação das vias. “Eu sei como os condomínios surgiram e foram crescendo e, no meio de tudo isso, a Estrada do Sol virou uma via de acesso aos condomínios. Hoje, esta via está asfaltada e muito do que foi construído pelos condomínios, inclusive alguns quebra-molas, podem estar fora do padrão. Existem distâncias a serem obedecidas, dentre outros requisitos.”, afirmou Lemos.
Durante o encontro foram apresentadas algumas alternativas para dar mais celeridade ao processo de planejamento e análise do projeto, como a criação de um grupo de trabalho ou que a própria comunidade organizada faça um projeto e o apresente ao Detran para a revisão e aprovação do documento.
Um antigo problema que se agrava
O trânsito no Jardim Botânico, Mangueiral e São Sebastião está colapsado. Há anos a comunidade, por meio de seus representantes, solicita ao Departamento de Trânsito (Detran) e ao Departamento de Estradas e Rodagens (DER) a realização de estudos técnicos nas vias vicinais e arteriais da região (relembre aqui).
Devido à expansão desordenada do Jardim Botânico, existem diversas vias que necessitam de acostamento, sinalização adequada e revisão dos sistemas de redução de velocidade. O risco de acidentes é cotidiano para os condomínios que vivem à margem dessas vias.
João Carlos Lóssio, Administrador Regional do Jardim Botânico, apresentou um levantamento de acidentes ocorridos este ano na Estrada do Sol: 05 atropelamentos; 17 colisões entre carros e motos; 02 capotamentos; 01 acidente com ônibus escolar; 03 colisões entre carro e bicicleta; 01 colisão contra poste; 01 colisão com muro entre outros.
“Essa é a realidade hoje da Estrada do Sol. Fizemos um mapeamento para montar uma estatística e apresentar à comunidade, de quais partes teremos de melhorar. É necessário um estudo técnico com os especialistas engenheiros que estão aqui na mesa, para que nos orientem. O Detran já possui alguns estudos da região e vamos ver onde é tecnicamente possível melhorar a Estrada do Sol.”, informa Lóssio.
Rose Marques, presidente do Movimento Comunitário do Jardim Botânico, relembra que há anos a comunidade se organizou para articular com o Governo todas as melhorias de mobilidade necessárias. “Moro na Estrada do Sol há 20 anos e estamos na luta organizada para melhorar esta estrada há 6 anos. O que queremos é mobilidade com segurança. Precisamos de que sejam realizados estudos técnicos para a revisão dos 23 quebra-molas nos 8 km de pista da Estrada do Sol.”, conclui Rose.