O equívoco a que o governador se referia foi a desocupação do cargo de administrador do bairro e o desaparelhamento da administração regional que, na prática, se fundiu ao Lago Sul, como parte das medidas de contenção. O objetivo do governo Rollemberg era expurgar gastos do governo que superavam a arrecadação, um quadro herdado do governo anterior. Daí a iniciativa das fusões entre regiões administrativas.
Para o Jardim Botânico o remédio foi amargo. A falta de estrutura da administração regional resultou em vários problemas, tais como a incapacidade de atender pedidos de alvarás e habite-se, dificultando a vida dos moradores de condomínios já regularizados. Alguns desses pedidos já tem 18 meses sem atendimento.
Realidade do Jardim Botânico
Na reunião, o Movimento mostrou ao Governador uma realidade que não condizia com as medidas administrativas tomadas. Foi apresentado um bairro com 62 mil habitantes a maior renda per capita do DF, portanto o maior pagador de impostos do DF; com a maior escolaridade, considerando-se pós-graduações, mestrados e doutorados, portanto um potencial formador de opinião. Os dados são da CODEPLAN. A portaria nº 4 implica em 100 mil habitantes.
Na contrapartida, o governador ouviu que o Jardim Botânico não tem nenhum equipamento público: nem escola, nem posto de saúde, nem posto policial, nem bombeiros. Na segurança pública há um fatiamento da região para registro de ocorrências e atendimento, obrigando os moradores a procurarem as regiões vizinhas.
Depois de ouvir atentamente as lideranças do Movimento, o Governador deu a palavra para os representantes do governo que participavam: o presidente da Terracap, Júlio César de Azevedo Reis, o secretário-adjunto de Gestão do Território e Habitação, Luiz Otavio Alves Rodrigues, o diretor-geral do Departamento de Estradas de Rodagem, Henrique Luduvice, e o administrador regional interino do Jardim Botânico, Aldenir Paraguassú.
E o governador explicou, admitiu e prometeu
E, ao final da reunião, Rodrigo Rollemberg falou. Primeiramente elogiou o tom de diálogo dos integrantes do Movimento, se mostrou surpreendido com a organização e o grau de maturidade da comunidade do Jardim Botânico, afirmou que uma de suas pautas é o diálogo e parcerias com a comunidade. Depois, explicou sobre as dificuldades financeiras herdadas, razão para a extinção de 5 mil cargos comissionados. A intenção, segundo Rollemberg, era manter o equilíbrio até que se voltasse à normalidade e, até lá, a LRF (Lei de Responsabilidade Fiscal) vai exigir a manutenção de algumas medidas restritivas. “Mas há melhorias, apesar de que ainda não seja possível investir”, afirmou o Governador.
Para os presentes o ponto alto foi quando Rollemberg afirmou que se equivocou sobre duas regiões administrativas e uma delas foi o Jardim Botânico. E terminou sua fala afirmando: “Eu me comprometo, na primeira oportunidade que a LRF permitir, a restabelecer a Administração Regional do Jardim Botânico”. Agenda e visita
E como nem tudo é arrocho fiscal, o Governador sugeriu uma agenda de trabalho que seja avaliada a cada 15 dias.
Também prometeu visitar o bairro para assinar Ordem de Serviço para construção do primeiro parque urbano do Jardim Botânico e participar dos eventos programados e organizados pelo Movimento Comunitário do Jardim Botânico, em especial a 1ª Feira do Empreendedor do Jardim Botânico, que tem a meta ambiciosa de assinar a primeira licença de funcionamento do comércio do Jardim Botânico.
2 Comentários
Cumprimentos à liderança comunitária do Jardim Botânico. Quanto mais organização e disposição na participação ativa em mostrar os pleitos da comunidade, os resultados tenderão a ser cada vez melhores. Juntos somos mais fortes!!
Mario JB III 3 D 1.
Agradecimentos ao envolvidos no Movimento pelo empenho de melhorar nossa cidade !