O enredo sobre a implantação de escolas públicas na Região Administrativa do Jardim Botânico, mais precisamente no Jardins Mangueiral, voltou a ganhar destaque. Isso porque a Secretaria de Educação publicou dois editais de licitação, um  para a construção de um Centro Fundamental de Ensino, na Praça de Atividades 5, e outro para a edificação do  Centro Educacional Jardins Mangueiral, Praça de Atividades 2. Também retomou o edital para  a consolidação de  Escola Classe, na Praça de Atividades 5, que havia sido suspensa para cumprimento de obrigatoriedades, segundo informou a pasta. 

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Em 2018, o Movimento Comunitário do Jardim Botânico (MCJB) e a Associação Amigos do Jardins Mangueiral (AAJM) enviaram um ofício para a Secretaria de Educação apresentando não apenas estudos sobre o déficit de vagas para a região, mas enfatizando a necessidade dos equipamentos públicos, em especial escolas, uma vez que há  obrigatoriedade constitucional do Estado em proporcionar educação a todos. Na época, a pasta havia informado uma previsão de quatro escolas públicas. 

Fica a questão levantada pela comunidade: de fato, estas licitações terão prosseguimento ou mais uma vez ficarão nas promessas?

A única ação realizada recentemente, em 2020, pela Secretaria de Educação,  para atender novos alunos da Região Administrativa de São Sebastião, foi alugar um prédio comercial na quadra 08 do Jardim Botânico III com a finalidade de abrigar, provisoriamente, um Centro de Ensino Infantil da região de São Sebastião. A solução paliativa foi  criticada por grande parte da comunidade do Jardim Botânico, uma vez que a unidade não atende os moradores da região em que foi instalada.

A Associação Amigos do Jardins Mangueiral (AAJM) também tem realizado ações junto a comunidade a fim de mobilizar o Governo do Distrito Federal no atendimento à  necessidade do bairro por escolas públicas. “Dentre alguns trabalhos que temos realizado ao longo dos anos, fizemos duas pesquisas com toda a população do Jardins Mangueiral e o pedido por escolas foi unânime. É uma das nossas principais demandas”, ressaltou a presidente da AAJM, Vanessa Barbosa. 

Para Vanessa, estes equipamentos públicos deveriam ter sido construídos no momento da implantação do Jardins Mangueiral. Mas apenas este ano foi entregue o primeiro deles, a Unidade Básica de Saúde. Wanessa conta ainda que a Associação foi criada com o objetivo de fazer gestão junto ao Governo para cobrar as melhorias prometidas mas não entregues. “Tem sido uma luta fazer com que os processos saiam do papel. Inclusive temos buscado emendas com parlamentares e também cobrado os recursos do Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE)“, ressaltou. 

Agora a AAJM fica na expectativa para que o rito dos editais corram rapidamente e a licitação tenha uma empresa vencedora para que mais esta etapa seja concluída e a instalação das escolas seja, enfim, um sonho mais próximo da realidade.