Assalto a ônibus na Estrada do Sol sinaliza aumento da criminalidade na região

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Assalto a ônibus na Estrada do Sol sinaliza aumento da criminalidade na região

O assalto ao ônibus da linha 183.2 ocorreu no início da noite desta quarta (15), na Estrada do Sol, entre os condomínios Jardim Botânico VI e Interlagos. Assaltantes armados levaram os pertences dos passageiros. Ninguém ficou ferido.

O Portal MCJB apurou que os dois assaltantes entraram no ônibus na parada do Jardim Botânico VI e se dirigiram para o fundo do ônibus. Em seguida, anunciaram o assalto e, enquanto um bandido armado ameaçava os passageiros, o outro recolhia os objetos de valor, incluindo o dinheiro em caixa com o cobrador. Segundo relato de testemunhas, os assaltantes tentaram obrigar o motorista a descer para São Sebastião, mas o motorista resistiu. Então, os assaltantes desembarcaram e entraram em um uno prata. Uma criança de 10 anos estava no ônibus e foi ameaçada com a arma na cabeça.

Estranhamente, informa outra testemunha, uma viatura da PM, modelo fiesta, com numeração 9750, passava no local, mas os policiais se negaram a perseguir os bandidos alegando riscos altos, uma vez que não dispunham de rádio ou celular. “Ou, seja, tinham a chance de pegar (os bandidos) na hora, em flagrante e não pegaram”, reclamou a testemunha. Os policiais se identificaram como pertencendo a batalhão do Gama.

Ônibus assaltado no estacionamento da 30ª DP

O comandante do 21º Batalhão da Polícia Militar do DF, responsável pelo patrulhamento do Jardim Botânico e São Sebastião, manifestou sua estranheza com essa informação, pois desconhece este número de viatura na PMDF. Mas declarou o empenho da polícia em localizar e prender os assaltantes e tentar recuperar os pertences dos passageiros. Segundo o comandante, a informação do assalto não chegou no 190 e a polícia só foi informada por membros do MCJB, no grupo de Whatsapp de segurança criado para atender os síndicos da Estrada do Sol.

 

Vítimas registram ocorrência na 30ª Delegacia de Polícia de São Sebastião

O ônibus assaltado faz regularmente a linha circular do Jardim Botânico, nº 183.2, que se integra a outras linhas de São Sebastião. Vítimas e testemunhas descreveram os bandidos como dois rapazes com 1,70m aproximadamente, um deles vestido com moletom cinza com capuz e calças azul e cinza escuros. Os passageiros assaltados registraram ocorrência na 30ª DP de São Sebastião.

 

Diagnóstico Criminal

Flávio Santos, presidente do CONSEG do JB, afirma que o diagnóstico criminal feito pela Secretaria de Segurança Pública do DF no Jardim Botânico ainda é equivocado, não condiz com a realidade do bairro e, por isso, leva os órgãos públicos a minimizar a realidade criminal do bairro. Isso impacta no dimensionamento equivocado da força policial para a região. Atualmente, o JB é atendido pelo Batalhão de São Sebastião.

Os condomínios têm investido na segurança privada porque a segurança pública está distante do bairro e mal dimensionada pelo diagnóstico subestimado da mancha criminal. Esse investimento – lembra Flávio, está chegando ao limite, na tentativa de impedir ocorrências dentro dos condomínios. Mas, o assalto ao ônibus se deu em via pública, logo fora dos limites dos condomínios. Uma área onde a segurança pública é precária e a segurança privada não chega. Um limbo perfeito para bandidos atuarem.

2 Comentários

  1. IVAN LUIZ MAIA PEREIRA disse:

    O impressionante é que as autoridades sempre tem uma desculpa ou justificativa para encobrir sua inoperância. Por isso, fica cada vez mais verdadeiro o ditado castelhano: “hay governo? Se hay, soy contra!”

  2. Andre disse:

    Somos invisíveis para o estado, para completar temos condomínios e moradores que se cobsideram auto suficientes quanto a serviços públicos interferindo diretamente nas decisões de instalação e implantação destes instrumentos, a ponto de sua opinião, ou pior, seus desejos serem mais considerados do que a necessidade coletiva por estes instrumentos.
    Vamos acabar virando um curral de gados sob controle de políticos ou moradores novos ricos, egoístas e prepotentes.
    Tempo bom que não volta mais, quando aqui só havia cerrado, poeira, calango e erosão, e ninguém, curiosamente NINGUÉM queria vir para cá. Alternativa de moradia para classe média invadido por pessoas que não sabem viver em comunidade, com suas devidas ressalvas.

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