Por Graça Melo – 22/05/2015

A comunidade do Jardim Botânico vem se reunindo e identificando os problemas que mais afligem a região. Um deles aponta para a melhoria nos transportes públicos, cuja deficiência é uma das causas, apontada pela comunidade, para a falta de mobilidade.

A região que tem 75 mil moradores sofre com uma situação geográfica desfavorável ao transporte público. Ônibus que saem de São Sebastião, passando pelo Mangueiral, chegam ao Jardim Botânico superlotados, obrigando os moradores e prestadores de serviço a uma viagem desconfortável, em pé,  todos os dias.  

Para aqueles que vivem ou trabalham nos condomínios acessados pela Estrada do Sol, a situação é ainda mais precária. Eles dependem de uma única linha que liga os condomínios dessa região à Rodoviária (147.7, da Pioneira), cujo percurso é extenso. A alternativa para esses passageiros, aponta a comunidade, é pagar duas ou três passagens, utilizando primeiramente o ônibus circular, outro para a Rodoviária e, de lá, para outras regiões do DF. Essa situação se complica pela ausência de integração, uma das promessas do governador Rollemberg.

A comunidade chama atenção para as consequências. Uma delas diz respeito ao emprego e comércio. Os comerciantes da região reclamam, pois tem dificuldades de recrutarem e manterem funcionários. As longas viagens e o alto custo desestimulam o emprego no Jardim Botânico. O segundo efeito é o aumento do número de automóveis nas ruas, alimentando os engarrafamentos diários na região e no DF, situação que, em horários de pico, chega ao colapso.

Em 2013 a comunidade encaminhou ao DFTRANS ofício solicitando formalmente a implementação de mais uma linha de ônibus. Em outubro de 2014, o então diretor garantiu à comunidade que a demanda seria atendida até o fim do governo passado. Mas, até o momento, já no quinto mês do governo Rollemberg, não houve resposta favorável ao pleito da comunidade.