Redação 14/08/2015

Eleição do Conselho de Segurança do Jardim Botânico terá chapa única, organizada pelo Movimento Comunitário do Jardim Botânico.

A eleição para o CONSEG do Jardim Botânico terá uma única chapa, indicada pelo Movimento Comunitário do Jardim Botânico. A chapa é formada por lideranças voluntárias, participantes de associações e condomínios de diferentes áreas do Jardim Botânico e que já haviam manifestado interesse em participar desse Conselho, através do Grupo de Trabalho de Segurança do Jardim Botânico, criado no início do ano durante as reuniões comunitárias com o administrador interino.

A diretoria é formada pelos seguintes nomes: Flávio Souza (Presidente), do Condomínio Quintas Interlagos; Mário Fontes (Vice-Presidente),  do Jardim Botânico 3,  Washington Rodrigues (Diretor Comunitário), do Condomínio Jardins do Lago 2; Margarete Soares (Primeiro Secretário), da região de Chácaras;  e Alex Trindade (Segundo-secretário), do Jardins Mangueiral.

Todos são ficha limpa, exigência contida nas regras da eleição para estarem aptos a participar do processo eleitoral para o CONSEG, cuja votação  ocorrerá em 12 de setembro, das 13 às 17 horas, em local ainda não definido, estando a posse prevista para novembro.

Principais desafios do CONSEG do Jardim Botânico

O Jardim Botânico apresenta uma característica peculiar. É formada em grande parte por condomínios horizontais, que se fecharam justamente para melhorar a segurança. Quem observa essa dinâmica acredita que o bairro não tem problemas de segurança.

A realidade é bem diferente. A regional tem problemas de segurança pública, agravados pelo fato que os órgãos de segurança também acreditam que o bairro não tem esses problemas. E por isso deixam a RA completamente desguarnecida em relação ao aparato de segurança, como delegacia, posto da PM ou corpo de bombeiros. Para termos acesso a esse atendimento, precisamos saber qual dos bairros vizinhos irá nos atender.

O dramático nessa questão é que precisamos verificar nosso endereço e verificar em qual área esse endereço está inserido, se em Santa Maria, Paranoá ou São Sebastião. Deixar para o momento em que ocorreu um incidente poderá gerar mais demora no atendimento, pois um bairro vizinho ficará jogando para o outro a responsabilidade.

Esse é um exemplo da realidade com que o CONSEG terá de lidar. Sua função será fazer a interlocução entre a comunidade e o poder público na área de segurança. O conselho é responsável pelo debate, análise, planejamento e avaliação dos mecanismos que promovam a segurança e a paz social na RA que representam. Também deverão apresentar as reivindicações, queixas e sugestões da comunidade com o objetivo de reduzir os índices de criminalidade.

Segundo Flávio Souza, candidato a presidente da chapa única do CONSEG do Jardim Botânico, o principal objetivo desse novo CONSEG será a implementação de serviços de segurança pública exclusivos para o Jardim Botânico, como um batalhão ou destacamento da Polícia Militar, uma delegacia de polícia e um batalhão do Corpo de Bombeiros.

“Temos área no Jardim Botânico 3, no Mangueiral, em frente ao Solar de Brasília e em vários outros lugares para instalação desses equipamentos públicos. O governo só não implementa por que não vê o Jardim Botânico como uma área de risco”, afirma Flávio.

Outro problema apontado para o CONSEG resolver é a chamada “mancha criminal”, que forma as estatísticas de crime no bairro. Em decreto assinado no último dia 21, o governador dividiu o Jardim Botânico em três regiões, uma com Santa Maria, outra com São Sebastião e a terceira, com o Paranoá. Cada uma dessas regiões atraem o incidente ocorrido no Jardim Botânico para sua região, criando-se uma mancha criminal subestimada no Jardim Botânico e superestimada para o bairro vizinho que registrou a ocorrência.

Quem pode votar

Segundo a Secretaria de Segurança, representantes do governo e membros colaboradores detém o direito de voto. Os membros colaboradores são entidades comunitárias legalmente constituídas, sem fins lucrativos, como associações de moradores, clubes de serviço, órgãos classistas e organizações religiosas da sociedade civil e de interesse público de cada região administrativa.