Jardim Botânico, 09 de Outubro de 2024
Por Camila Fleury – Redação MCJB
Em fins de setembro, o Instituto Brasília Ambiental (Ibram-DF) sediou uma reunião importante que reuniu líderes comunitários, empresários e representantes do governo para discutir a regularização de condomínios e os altos custos de compensação florestal.
A reunião teve como objetivo encontrar alternativas para reduzir os custos de compensação florestal, tornando a regularização dos condomínios mais viável aos moradores. A proposta é utilizar a legislação existente para tornar o processo mais acessível, considerando a função social da terra e seu impacto positivo no meio ambiente.
Durante o encontro, a presidente do Movimento Comunitário do Jardim Botânico (MCJB), Rose Marques, destacou os altos custos da compensação florestal, que têm dificultado a regularização de vários condomínios na região. “Os valores elevados estão inviabilizando economicamente a regularização, com muitos moradores enfrentando despesas mensais superiores a dois mil reais, somando taxas de condomínio e taxas extras para regularização”, afirmou.
Essa situação tem levado a um processo preocupante de gentrificação, onde residentes de longa data são forçados a deixar seus lares, migrando para outros condomínios que ainda não estão em processo de regularização. “Estamos vendo um aumento nas áreas de condomínios irregulares, pois as pessoas buscam alternativas para continuar morando na região”, alertou Rose.
Os participantes enfatizaram a importância de um diálogo contínuo entre a comunidade, empresários e o governo. A presidente da Associação de Empresários do Tororó (AETOR), Maria José, expressou o comprometimento do setor privado em também apoiar iniciativas que promovam a sustentabilidade e a preservação das áreas verdes.
Para o presidente da autarquia, Rôney Nemer, “todos precisamos pensar em todos, no desenvolvimento da cidade e com a responsabilidade ambiental. O nosso meio ambiente sofre diariamente com a nossa ação, somos os personagens principais dessa movimentação para garantirmos a qualidade de vida para nossos netos e bisnetos. Precisamos pensar juntos em uma solução que seja viável para a recuperação do meio ambiente e a vida em harmonia.”
Ao final do encontro, foi estabelecido um cronograma de ações para priorizar a compensação ambiental e a criação de mais áreas verdes na região. Um fórum comunitário está sendo planejado para permitir que a população compartilhe suas ideias e contribuições no sentido de um planejamento urbano mais sustentável, afinal, a colaboração entre a comunidade e o setor privado é vista como essencial para construir uma cidade mais verde e sustentável, promovendo uma convivência harmoniosa entre interesses econômicos e a proteção ambiental.
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