Comida saudável e políticas públicas: nada como um almoço que sirva para alimentar e construir estratégias conjuntas que encaminhem soluções para os problemas da região administrativa do Jardim Botânico.
O almoço, promovido pelo Movimento Comunitário do Jardim Botânico, foi no Café Oikos e deu continuidade ao diálogo entre a comunidade e o GDF. O objetivo ainda é o atendimento às principais demandas dos moradores.
No dia 17 de maio as principais lideranças comunitárias do bairro reuniram-se com Antônio de Pádua, Administrador Regional do JB para debaterem o fomento de políticas públicas para a região. Os principais temas abordados foram: veto à criação do Parque Ecológico do Mangueiral, inchaço da região visto a iminente expansão de moradias, previsão de implementação de Escolas, Coleta Seletiva Inclusiva e ações para a melhoria da mobilidade.
Para Vanessa Barbosa, presidente da Associação dos Amigos do Jardins Mangueiral (AAJM), é de fundamental importância alinhar as diversas demandas do bairro de forma integrada para a resolução de problemas em comum no JB.
Para Antônio de Pádua a comunidade já conseguiu muitos resultados, alcançados por meio da mobilização comunitária unida ao Governo. “A UBS foi uma conquista de todos nós também, pois não estava prevista para o Jardins Mangueiral ou Jardim Botânico, foi um grande trabalho institucional e político para que essa UBS viesse pra cá e nós conseguimos”, relata Pádua. Ele sinaliza a chegada de outros equipamentos públicos como as quatro escolas previstas para a região.
O Administrador Regional explica que a licitação de uma das escolas passou por correções e já foi publicada. Em até 60 dias devem ser publicadas outras duas licitações e, no prazo de 90 dias, será veiculado o edital de licitação da última escola prevista para a região administrativa.
João Paulo Barboza, representando a Associação de Moradores do Jardins Mangueiral (AMOR-JM), enfatiza que a fala do Governador sobre o veto ao parque, durante o evento de entrega da UBS, passou uma impressão equivocada de que a comunidade é contra novas moradias.
“A nossa manifestação tem muito mais a ver com a necessidade de planejamento urbano sustentável, levando em consideração as questões hídricas da região e de segurança, pela proximidade com o presídio da Papuda”, explica João Paulo.
Sobre o Parque Ecológico do Mangueiral, Pádua afirmou que está em tratativas com a Companhia de Desenvolvimento Habitacional do DF (CODHAB), para equacionar esta questão do parque e das moradias, em busca de uma posição harmônica, junto ao Governador e a Wellington Luiz, presidente da CODHAB.
Equipamentos públicos
Maria José Pessoa, presidente da Associação de Moradores do Ville de Montagne (Amorville) agradeceu pela disposição do governo em dialogar e quis saber quais são os equipamentos públicos que estão previstos para grande área de terra pública próxima a entrada de seu condomínio. Pádua informou que esteve reunido com as Secretarias de Segurança Pública e de Economia para instalar um complexo de segurança no local, com Delegacia de Polícia, Quartel da Polícia Militar e do Corpo de Bombeiros. “A Polícia Civil e a Militar manifestaram-se favoravelmente, falta só o Corpo de Bombeiros se manifestar. Este lote está destinado à Secretaria de Economia, estamos só aguardando o posicionamento para a Secretaria de Segurança”, explicou o Administrador Regional.
Além do PLC dos muros e portarias, Maria José também apontou outras duas questões: o fluxo de veículos que passa pela DF-001 e o rodoanel (ponte de acesso ao paranoá). Pádua, respondendo a essas demandas, informa: “A Polícia Civil e a Militar manifestaram-se favoravelmente, falta só o parecer do Corpo de Bombeiros. Este lote está destinado à Secretaria de Economia, estamos só aguardando o posicionamento para a Secretaria de Segurança”.
Definidas essas posições, o próximo passo será a busca por recursos para construir o equipamento. Há previsão também de se instalar uma unidade de saúde, com espaço já destinado à Secretaria de Saúde.
O Movimento Comunitário do Jardim Botânico está compilando todas as demandas apresentadas pelos síndicos e Associações para entregar à Administração Regional do JB. As demandas que não são de competência exclusiva da Administração serão repassadas aos órgãos responsáveis.